Estética de orelhas em pé

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Por Camila Petry Feiler, Especial para Gazeta do Povo

Procedimento estético é comum para filhotes, mas existem prós e contras a se pesar.

Filhotes de yokshire, dobermann, pinscher, border collie e pastores têm uma característica em comum: as orelhas nem sempre nascem para cima, pontudas, como é comum de se ver. Para mantê-las em pé, muitos criadores tutores optam pelas talas, ou órteses, usadas nos primeiros 20 a 30 dias de vida.

O uso dessas talas é puramente estético, conforme explica médica veterinária e fisiatra Renata Novak. “Não tem problema nenhum em deixar a orelha baixa, é só uma questão de estética querer ela em pé por ter a padronização das raças.” Diz.

Como o tecido da orelha é cartilaginoso. Ele é bem maleável no filhote. “Se for feita por um médico veterinário, de forma que não cause lesão principalmente por apertarem demais a órtese, não machuca” diz Renata.
“Mas as talas só funcionam se forem colocadas em filhotes. Depois de adulto, a orelha não para em pé. Vale lembrar que o corte da orelha é proibido no Brasil” diz Renata.

20 A 30 DIAS
O processo de levantar as orelhas deve ser feito ainda filhote, e leva até um mês.

Como se levantam?
O procedimento é feito pelo proprietário ou criador e demanda cuidados diários. A médica veterinária Jenifer Harumi Bansho, do HiperZoo Pet Shop, explica que o processo é simples, e precisar ser iniciado quando o animal é bem novo, a partir do primeiro mês: basta levantar a orelha do animal e fixar comum esparadrapo, podendo usar um palito para dar sustentação. “Mas é importante que a troca seja feita diariamente, para ver se o esparadrapo não causou lesão na pele do animal ou se o local não está úmido” Comenta.

E se houver danos?
Se algum tipo de dano for identificado, é preciso suspender o procedimento e procurar um especialista. O problema mais comum é que o esparadrapo cause dermatite. Se tudo ocorrer bem, as orelhas estarão levantadas em torno de 20 a 30 dias.
Para auxiliar no processo é possível usar suplementos a base de colágeno. Isso é importante porque, em alguns casos, o cão por questões genéticas ou doenças na primeira infância, não produzem naturalmente o colágeno para manter a orelha em pé. Dessa forma, mesmo com o uso da tala, o resultado esperado não chega.

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